APLICAÇÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NOS FÓSSEIS
A tomografia computadorizada é uma técnica bastante recente,
descoberta no ano de 1961 pelo médico neurologista norte-americano William
Henry Oldendorf, que realizou as primeiras experiências com imagens
computadorizadas. Este processo foi modernizado pelo inglês Godfrey Newbold
Hounsfield, que aperfeiçoou os conhecimentos e desenvolveu uma forma de
reconstruir imagens a partir dos raios X por meio da tomografia axial
computadorizada.
O aparelho tomógrafo é caracterizado basicamente pela parte mais proeminente, o "Gantry", uma moldura circular, rotatória com um tubo de raios-X montado em um lado e um detector no lado oposto. Um feixe de raios-X em formato de leque gira o tubo de raios-X e o detector em torno do paciente ou da amostra analisada. Conforme o aparelho roda, milhares de imagens são tiradas em uma rotação resultando em uma imagem de seção transversal completa do corpo. Baseado nesses dados é possível se criar uma visualização 3D além de visões de diferentes ângulos. Exames de tomografia fornecem imagens bem mais detalhadas do que os de raios-X convencionais, especialmente no caso de vasos sanguíneos e tecidos moles tais como órgãos internos e músculos.
Essa
técnica começou a ser aplicada em estudos paleontológicos a partir do ano de
1984 quando Glenn C. Conroy e Michael W. Vannier publicaram um trabalho na
renomada revista acadêmica Science. Em seu trabalho analisaram crânios bem
preservados de mamíferos ungulados do Oligoceno e Mioceno e (de 34 a 23 milhões
de anos aproximadamente . Posteriormente essa técnica passou a ser amplamente
utilizada por paleontólogos, pois fornecia uma nova perspectiva de análise de
fósseis, podendo ser utilizada como base para diferentes tipos de pesquisas,
não somente em estudos de vertebrados, mas também aplicada em invertebrados e
até vegetais fósseis. A tomografia computadorizada se tornou então a principal
ferramenta para elucidar a anatomia dos táxons fósseis, incluindo estudos da
caixa craniana e do ouvido interno no caso dos vertebrados.
Ao utilizar a tomografia na paleontologia, percebeu-se que o mapeamento de imagens 3D e a utilização de modelos tridimensionais criados em computação gráfica poderiam também contribuir para a manutenção de coleções paleontológicas, armazenando informações sobre a morfologia de cada exemplar em um novo formato, o 3D digital. Concomitantemente, essa nova técnica de aquisição de dados possibilitou a visualização de estruturas internas dos fósseis sem preparação mecânica, diminuindo a probabilidade de ocasionar qualquer tipo de dano nos fósseis excepcionais. Além disso, a prototipagem aliada a estudos mais acurados de anatomia, fisiologia e biomecânica, gerou uma sub-área dentro da paleontologia e da neurologia, a paleoneurologia.
O aparelho tomógrafo é caracterizado basicamente pela parte mais proeminente, o "Gantry", uma moldura circular, rotatória com um tubo de raios-X montado em um lado e um detector no lado oposto. Um feixe de raios-X em formato de leque gira o tubo de raios-X e o detector em torno do paciente ou da amostra analisada. Conforme o aparelho roda, milhares de imagens são tiradas em uma rotação resultando em uma imagem de seção transversal completa do corpo. Baseado nesses dados é possível se criar uma visualização 3D além de visões de diferentes ângulos. Exames de tomografia fornecem imagens bem mais detalhadas do que os de raios-X convencionais, especialmente no caso de vasos sanguíneos e tecidos moles tais como órgãos internos e músculos.
Crânio de Eremotherium laurillardi
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Representação tomográfica sagital do crânio de um fóssil estudado
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Ao utilizar a tomografia na paleontologia, percebeu-se que o mapeamento de imagens 3D e a utilização de modelos tridimensionais criados em computação gráfica poderiam também contribuir para a manutenção de coleções paleontológicas, armazenando informações sobre a morfologia de cada exemplar em um novo formato, o 3D digital. Concomitantemente, essa nova técnica de aquisição de dados possibilitou a visualização de estruturas internas dos fósseis sem preparação mecânica, diminuindo a probabilidade de ocasionar qualquer tipo de dano nos fósseis excepcionais. Além disso, a prototipagem aliada a estudos mais acurados de anatomia, fisiologia e biomecânica, gerou uma sub-área dentro da paleontologia e da neurologia, a paleoneurologia.
Referencias:
RENAN, Juliana Manso Sayão; BANTIM, Alfredo Machado. A
paleontologia no século XXI: novas técnicas e interpretações. Cienc.
Cult., São Paulo , v. 67, n. 4, p. 45-49, Dec.
2015 . Available from
<http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252015000400015&lng=en&nrm=iso>.
access on 15 June
2018.
http://dx.doi.org/10.21800/2317-66602015000400015.
Imagens:
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