Fósseis na Amazônia
Amazônia, também
chamada de Floresta Amazônica é uma floresta úmida que
recobre a maior parte da bacia do Amazonas. A maior parte da floresta está
contida dentro do Brasil com 60% da floresta, seguida pelo Peru com
13% e com partes menores na Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana,
Suriname e Guiana Francesa.
A Amazônia representa
mais da metade das florestas tropicais remanescentes no planeta e
compreende a maior biodiversidade em uma floresta tropical no mundo. É um dos
seis grandes biomas brasileiros.E, com uma riqueza natural sem proporção, a
Amazônia preserva uma história de milhões de anos guardando muitos segredos
ainda não estudados.
Mapa da floresta Amazônica |
Purussaurus
brasiliensis
Foram encontrados os fragmentos da mandíbula da espécie Purussaurus
brasiliensis de médio porte, próximo a região do Acre. É uma espécie
de crocodilo que viveu entre 15 e 8 milhões
de anos atrás. No período Neógeno e época Mioceno.
Estudos relatam que essa espécie podia medir até 18 metros de comprimento, do tamanho de um ônibus ou até mesmo maior do que ele.
Cópia da mandíbula de P. brasiliensis |
Fragmentos da mandíbula de P. brasiliensis |
Ilustração de um Purussaurus brasiliensis adulto |
Jabuti Gigante
O outro registro é o Jabuti gigante que viveu
também no período Neógeno e época Mioceno, encontrado na floresta amazônica que
pega parte do Acre. Como o fóssil
estava muito fragmentado, os pesquisadores levaram 2 anos para reconstruir ele.
O réptil era onívoro e se
alimentava de frutas, carcaças de outros animais, além de pequenos répteis e
anfíbios.
Ele mede um metro e meio de
comprimento sendo maior que os jabutis-gigantes das ilhas Galápagos. Os
pesquisadores do Acre acreditam que é possível que o fóssil do jabuti gigante
tenha parentesco com as tartarugas gigantes de Galápagos, um arquipélago
formado por 13 ilhas a 1.000 km da costa do Equador, surgido há aproximadamente
5 milhões de anos e que, por sua biodiversidade, inspirou o naturalista inglês
Charles Darwin a escrever seu livro A Origem das Espécies.
A réplica foi montada com os fósseis originais, mas a cabeça e as patas foram reconstituídas artisticamente para dar uma visão geral de como era o animal
Réplica do Jabuti gigante |
Réplica do Jabuti gigante |
Toxodon platensis
O Toxodon platensis habitou
a Amazônia no período Neógeno na época Plioceno.
Toxodon significa "dente de flecha". Seus fósseis já foram encontrados em
associação com pontas de flechas, o que indica que sua extinção pode estar
relacionada à caça movida pelos primeiros indígenas da América do Sul.
De tamanho comparável ao de
um rinoceronte,
pesava 1300 kg e tinha 3 m de comprimento mais 50 cm de cauda. Foi o
último representante de um grupo de mamíferos com cascos exclusivo
da América do Sul, os notoungulados.
O crânio tinha 70 cm de
comprimento e a dentição era característica de animais de pasto. Já se
acreditou que havia sido um anfíbio, mas as proporções do fêmur e da
tíbia e a posição da cabeça são típicas de animais terrestres como os elefantes
e os rinocerontes, e seus fósseis têm sido encontrados tanto em regiões áridas
e semiáridas quanto em regiões úmidas, o que indica que seus hábitos eram
fundamentalmente terrestres.
Cópia do fóssil Toxodon platensis |
Ilustração de um Toxodon platensis |
Titanoboa cerrejonensis
Foi encontrado o fóssil da
maior cobra do mundo, de 13 metros de comprimento, na mina da Colômbia por uma
equipe de cientistas, que suspeitam que ela habitava a fronteira entre o
Amazonas e a Colômbia, entre as épocas Eoceno e Oligoceno.
Durante meses, o grupo foi
encontrando diferentes tipos de fósseis, até chegar à conclusão de que se
tratava de uma serpente.
A Titanoboa não
era uma cobra venenosa, mas sim constritora.
"A descoberta da Titanoboa
põe à prova nossos conhecimentos sobre os climas no passado e nos ambientes,
assim como as limitações biológicas sobre a evolução das cobras gigantes",
disse Jason Head, pesquisador associado do Museu Nacional de História Natural
dos Estados Unidos.
O tamanho da
"Titanoboa" indica que o animal viveu em um ambiente com temperatura
média anual era de 30°C e 34°C.
Comparação das vértebras de Titanoboa (esquerda) e Sucuri (direita) |
Modelo em tamanho real de Titanoboa cerrejonensis |
Referências
AURELIANO, Tito; GHILARDI,
Aline M.; GUILHERME, Edson; SOUZA-FILHO, Jonas P.; CAVALCANTI, Mauro; RIFF, Douglas. Morphometry,
Bite-Force, and Paleobiology of the Late Miocene Caiman Purussaurus
brasiliensis. Disponível em:
<http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0117944>
ANDRADE, Almir. Notícias da fronteira, Jabuti gigante.
Disponível em: <http://www.noticiasdafronteira.com.br/2015/04/09/jabuti-gigante-do-acre-pode-ser-parente-dos-jabutis-de-galapagos/>
DUNHAM, Will. Ciência e saúde, Cientistas solucionam
mistério de mamíferos sul-americanos descobertos por Darwin. Disponínel em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/reuters/2015/03/18/misterio-de-mamiferos-sul-americanos-descobertos-por-darwin-e-solucionado.htm>
GANDRA, Carlos. Titanoboa:
A Maior Cobra Até Hoje Descoberta. Disponível em:
<https://www.mundodosanimais.pt/animais-pre-historicos/titanoboa/>
TESTONI, Marcelo. Como era a Titanoboa. Disponível em:
<https://mundoestranho.abril.com.br/mundo-animal/como-era-a-titanoboa-a-serpente-pre-historica-gigante/>
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